Peccata
Riddle

 

- Silêncio! – resmungou Snape – Não admitirei nenhuma espécie de brincadeira este ano. Daqui á dois anos poderão se formar. Mas, só chegaram a ser um bruxo passando pelo sexto ano! E passando por mim. Não admitirei nada, nenhum tipo de brincadeira este ano. Falei claro, Potter?

- Sim professor.

Por que diabo Snape pegava tanto no pé de Harry? Desde que pisou em Hogwarts teve o olhar atencioso no menino que sobreviveu. Ora, ele não estava querendo pagar a dívida que manteve com o pai de Harry? Então pronto! Que pague a dívida lhe tratando bem! Quando a aula terminou Harry comentou com Rony.

- Eu falarei com Snape hoje mesmo!

- O que houve Harry?

- Não admito mais ser tratado como se eu fosse pior que alguém! – Harry olhava para Draco Malfoy e seu cabelo loiro – eu, não sou melhor nem pior que ninguém, irei falar com ele!

- Que coragem! – exclamou Hermione que estava sempre ouvindo e sabendo de tudo o que acontecia com Harry. Afinal todos de qualquer casa notavam que Snape tratava Harry como o pecador da turma.

- Se for preciso eu falo até com Dumbledore!

- Você está doente não está? – perguntou Rony.

- Não Rony, é sério! – gritou Hermione com um certo apoio democrata – ele merece isso! Todos somos iguais! Todos nós merecemos respeito! Não precisa ser da Sonserina para ter boas notas.

As palavras de Hermione só deixaram Harry com mais vontade de ir ver Snape. E não deu outra, naquela mesma tarde ele bateu na porta de Snape, toda a coragem desapareceu quando viu o rosto pálido e os olhos negros do professor abrirem a porta.

- Com licença p-professor – Harry definitivamente estava com medo de seu professor, era como se os olhos de Snape pudessem culpa-lo por qualquer atitude.

- O que foi Potter?

Silêncio.

- Vamos, diga! Não posso perder meu tempo aqui com você!

- Bem... É que eu queria c-conversar com o senhor.

Snape abriu a porta da sala, indicou com a mão para que Harry pudesse entrar. Depois fechou a porta o que fez um estrondo forte.

- Vamos, diga-me Potter, o que quer aqui?

Os olhos de Snape olhavam atentamente para os de Harry, que tentava desviar o olhar para outro canto, mas não conseguia. Era incrível, mas Harry Potter não conseguia se quer se mover. Snape se aproximou dele. Ficou tão perto que poderia beijar a boca de Harry se andasse mais um centímetro.

- O que houve Potter?

Harry agora ficou mais nervoso do que antes.

- Se não veio aqui para não me dizer nada, então terei que pedir para se retirar, estou muito ocupado. – disse Snape se movendo para perto da porta.

- Não espere, eu realmente preciso falar com você!

- Então diga!

- Eu queria... Q-que o s-senhor me t-tratasse... Como os outros.

Snape riu de leve.

- Então é isso?

- É!

- Potter... Potter...

- Então vai me tratar melhor?

Se por acaso Snape riu, não havia sinal disso em seu rosto, ele pareceu estar sério e com os olhos negros e profundos, afundados na face de Harry. Respondeu depois de um instante.

- Não.

Harry ficou ainda com mais ódio. Quem era ele? Como ele poderia dizer isso? Harry era um garoto como qualquer um. Um estudante com os mesmo direitos que qualquer outro. Merecia tanto respeito quando... Draco Malfoy! Harry explodiu isso para fora de seu peito, aliviando o que estava engasgado em seu coração. Disse exatamente o que sempre quis dizer á ele.

- Você não tem esse direito! Eu sou igual a qualquer um aqui em Hogwarts! Você não pode falar assim comigo, tanto eu como qualquer um sonserino temos os mesmo direitos e merecemos respeito! Mas...

Harry parou de falar e ficou imobilizado, Snape vinha em sua direção. O garoto não conseguia fugir da cara manipuladora do seu professor. Harry ficou com receio de ter dito tudo aquilo. Quando chegou bem perto Snape falou.

- Não Harry. Você não é igual a ninguém. Você é diferente! Não merece nada que os outros tenham! Todo o respeito que ofereço a Sonserina eu devolvo invertido a você. Assim como tudo o que vem de mim para ela.

- Mas...

Snape se aproximou dos lábios de Harry. Harry pensou que ele iria beija-lo. E por um momento ele desejou isso. Afinal, o professor não era de se jogar fora. Snape pareceu recuar.

- Saia daqui Harry!

- Mas...

- SAIA!

Harry saiu sem saber o que dizer ou falar.

Harry falou tudo, menos o que sentiu quando viu Snape quase o beijando á Rony e Hermione que ficaram boquiabertos com a atitude do professor. Harry pensou por um minuto que Snape o mandou para fora da sala por que também queria beija-lo. E se fosse isso? Harry tremeu.

- Não... – pensava Harry sozinho na cama antes de dormir – isso está errado! Isso é errado! Não pode acontecer comigo. Eu sou como os outros. Ou será que o as palavras de Snape era verdade? Eu sou totalmente diferente até nisso?

Tanto no dia seguinte como em qualquer outra aula de Snape, Harry continuou a ser maltratado como de costume, ou seja, tudo voltara ao normal, mas Harry ainda sentia atração pelo seu professor, o que o deixava muito confuso sobre os seus sentimentos e sobre a sua sexualidade.

Tentou procurar Snape mais uma vez.

Bateu na porta da masmorra três leves batidas. Ninguém apareceu. Talvez ele tivesse batido fraco demais. Bateu mais uma vez com um pouco mais de força. Ninguém apareceu. Talvez ele não esteja.

Harry deu meia volta para sair quando viu a sua frente, Severo Snape.

- Professor, eu...

- Cale a boca Potter, entre.

Harry entrou na masmorra, Snape fez questão de trancar a porta.

- Acha que eu não notei? – perguntou Snape.

- O que professor? – Harry pareceu fingir que não entendia nada.

- Talvez isso refresque sua memória.

Snape se aproximou do rosto de Harry, o seu cabelo negro tocou o seu rosto branco e seus olhos se fecharam, Snape deu-lhe um beijo. Harry simplesmente deixou que Snape o beijasse. Snape pareceu pensar duas vezes e recuou.

Ele ficou de costas para Harry com vergonha de encarar a cara do aluno.

- Professor? O que foi isso?

- Não sei Potter... Sinceramente não sei. – Snape parecia querer olhar para Harry, mas não teve coragem de encará-lo por isso perguntou ainda de costas para o garoto – v-você... Você gostou Potter?

- Olhe para mim – pediu Harry que percebeu que Snape sentia alguma coisa por ele, o que lhe deu uma esperança para encontrar mais que respeito no seu professor. Harry perdera toda a vergonha inicial, na verdade Snape pareceu mais tenso que Harry.

Snape olhou para Harry.

Ainda tinha os olhos negros e frios no lugar, e olhava mais friamente que o normal para o aluno. Snape o convidou para entrar mais adentro.

- Como assim?

- Onde você acha que eu durmo Potter?

Snape olhou para a instante de ervas potentes e disse:

- Poção Azul.

A instante se abriu, havia um grande quarto lá dentro. Com uma sala com dois aparentemente confortáveis sofás e uma grande cama.

- Não há quadros aqui. Odeio quadros. Ficam me vigiando. – disse Snape.

- Também não gosto muito deles.

Harry sentou-se na cama.

- Professor?

- Diga Harry.

Harry esqueceu totalmente o que ia perguntar, ficou boquiaberto. Snape não entendeu nada e perguntou o motivo do espanto repentino sem motivo aparente.

- Você me chamou de Harry – ele disse – você sempre me chamou de Potter.

Snape entendeu a confusão de Harry e sorriu.

- Harry... Diga-me o que você veio fazer aqui?

- Ia perguntar por que você não me deu uma resposta naquele dia.

- Eu falei a verdade.

- Então você realmente não gosta de mim?

- Não Harry, eu não disse isso – falou ele – eu só disse que te tratava diferente dos meus outros alunos porque você é... Especial.

Harry sorriu.

- Professor?

- O que foi?

Snape estava do lado de Harry, naquela imensa cama.

- Isso é pecado?

Snape deu outro sorriso bobo.

- Se isso for pecado, eu morreria no inferno toda vez que te vejo passar.

- Professor. O senhor quer me beijar de novo?

- Que coragem! – pensava Snape olhando espantado para os olhos esverdeados de Harry, os olhos que sempre o chamou muita atenção. – Não é à toa que ele está na Grifinória! Eu não fiquei tão relaxado quando beijei... Sirius – pensou Snape mais ma vez. Harry repetiu a pergunta.

- O senhor quer?

- Tem certeza disso Harry?

- Tenho.

Snape aproximou-se de Harry. Estava a poucos centímetros de sua boca, talvez até menos. Suas mãos abraçaram o garoto e sua boca o conduziu num emocionante beijo. Era a segunda vez que Harry beijara um homem. Era incrível sentir aquela sensação de amor misturado com tesão. Harry foi um pouco mais precipitado e deitou Snape na cama. Snape apenas rolou seu corpo para prender Harry com as mãos. Preso, indefeso a mercê dos beijos de Snape, era isso que Harry queria!

Quando Snape soltou suas mãos, Harry desabotoou os dois primeiros botões da escura túnica do professor de Poções enquanto este se levantou bruscamente e apontou para a passagem na instante.

- Sai daqui!

- Por que?

- SAIA DAQUI POTTER! – gritou Snape.

Harry começou a chorar, caiam lágrimas dos seus olhos frágeis.

- Não chore perto de mim – pediu Snape.

Snape ficou olhando para aquele menino, tão novo, chorando através daqueles indefesos e lindos olhos que o penetravam aula após aula. Snape não queria acabar com a vida de um garoto para se satisfazer. Não!

- Por favor, professor, me deixa ficar aqui!

- Não Harry...

- Por que?

- Por que não!

- Não me peça mais isso, certo? – disse Snape.

Harry andava em direção a instante aberta tristemente com o olhar caído no chão. Era demais para Snape, ele não agüentou tanta tristeza nos olhos de Harry.

- Poção Azul!

A porta se fechara antes que Harry pudesse atravessa-la.

- Não vá agora Harry!

- Professor – Harry sorriu.

- Cale a boca!

Harry não podia saber se Snape estava triste ou feliz só soube que o seu professor de Poções, aquele que ele mais odiava no mundo o pegou pelo braço e o jogou a meio da cama, lhe arrancou a camisa e tirou-lhe o moletom.

- Professor... – sorria Harry – que bom que mudou de idéia.

Começou a beija-lo como um animal selvagem que á dias não bebia água ou comia alguma coisa, e de repente se via de frente ao banquete. E o banquete estava servido com o nome de Harry Potter. Snape beijou cada peito de Harry, e chupava o seu pescoço querendo se satisfazer com um pecado.

Harry sentia um pouco cócegas e um pouco tesão.

Snape tirou sua própria túnica e abaixou as calças.

Harry viu que o professor era dotado com mais ou menos dezoito centímetros, ele virou Harry brutalmente e abaixou-lhe a calça.

- Será que vai doer professor, eu nunc...

- Ah! – gritou Harry - Para!

Harry deu grito alto. Snape colocou tudo o que tinha dentro de Harry.

- Para! Para!

- Cala a boca Potter. Você que começou com isso.

Harry sentiu uma dor imensa, uma dor insuportável, queria parar! Não sentia mais tesão. Só dor! Era horrível. Ele sentiu o seu traseiro rasgar e arder com as bombeadas rápidas de Snape.

- PARA! POR FAVOR.

- Não Potter... E não faça barulho!

Snape segurava os quadris do garoto e forçava cada vez mais o seu órgão para dentro de Harry que nesse momento estava chorando. Harry não agüentava mais aquilo, e se pudesse, desejaria jamais ter voltado a masmorra. Doía muito! Snape não parecia preocupado, ao contrário, estava cada vez apressando o movimento.

Harry fechou os olhos e mordeu o lençol da cama de Snape para não gritar.

- Por favor. Para! Por favor. – implorava Harry chorando.

- Cale-se!

- Mas...

- Eu disse cale-se – berrou Snape.

Harry fechou os olhos e trincou os dentes tentando amenizar a dor, mas parecia impossível. Como alguém poderia gostar disso? Snape só forçava seu membro para dentro e para fora de Harry, o que o deixou extremamente dolorido.

Snape parecia nem se quer se importar com Harry. Bombeava cada vez mais rápido. A cintura de Harry ficara vermelha de tanto que Snape a apertou. Snape acabou trocando a mão para o ombro de Harry, o que parecia ser um alivio provocou uma dor maior. Snape metia em Harry e o empurrava para trás. Harry Potter gemia e não conseguia parar de chorar. Tudo parecia ser tão devagar! Por que não acaba logo?

- Potter, que cuzinho apertadinho! Do jeito que eu gosto! – Snape suava muito, mas Harry estava praticamente molhado. E se sentia sujo. Foi uma sensação horrível. Snape continuou bombeando seu órgão para dentro até que finalmente parou. O professor havia gozado dentro de Harry. Mas ainda permaneceu ali.

Quando finalmente saiu da posição, Harry chorava e parecia estar com ódio de Snape, mas ele não estava nem aí.

- Por que você fez isso?

- Harry... – falou Snape – Você gostou?

- Não! Eu não gostei!

- Mas foi você quem pediu!

- Não interessa, você realmente me machucou.

Havia sangue na cama de Snape.

- Olha só! – apontou Harry pra uma porção vermelha na cama.

- Está legal! Agora saia daqui! – gritou Snape.

- Mas... Depois de tudo isso...

- SAIA DAQUI POTTER SE NÃO QUISER PASSAR POR TUDO ISSO DE NOVO!

Harry só teve tempo de levantar a calça e pegar o resto da roupa. Trocou-se na masmorra de Snape. E este fechou a instante. Como ele pode fazer isso? Harry realmente não havia gostado, estava sentido ainda uma migalha daquela dor enquanto andava.

- Eu o odeio Severo Snape! – dizia Harry para si mesmo – Eu o odeio!

Harry desapareceu no meio dos corredores de Hogwarts.

Nunca mais Snape tentou nada com Harry, simplesmente passou a trata-lo como se fosse um aluno qualquer, o que fez com que Hermione e Rony se alegrasse com a mudança de Snape, isso por que eles não sabiam o que havia acontecido, mas a raiva que Harry tinha por Snape só aumentou.

- Uau! Harry! – dizia Neville – Eu já estou até disposto a falar com Snape!

- Uma dica Neville... Não faça isso!

Ignorando o conselho de Harry, Neville foi até a porta da masmorra. A porta se abriu e dela saiu Snape com o rosto pálido e olhos negros.

- P-professor?

FIM